“Formamos mais um médico preto e pobre nesse mundo.” Dessa forma descreveu o carioca Glauber Lima o fato de ter conquistado o diploma em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele compartilhou o momento da formatura em um vídeo nas redes sociais, com mais de 2 milhões de visualizações até o momento.
Glauber é o primeiro da família a se tornar médico, em uma jornada de supeação que começou em 2017. Foi dessa trajetória que ele lembrou ao ter o nome chamado para receber o diploma. “Lembrei do dia que fui fazer a matrícula na faculdade com minha mãe, com a minha irmã, dos inúmeros trens e ônibus lotados que eu pegava pra ir pra faculdade, das várias noites sem ir dormir estudando pras próprias”, comentou no vídeo, lembrando, também, das pessoas que encontrou no caminho, sejam os colegas, os professores ou os pacientes atendidos durante a formação.
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Também nas redes, Glauber refletiu sobre as principais dificuldades em estudar medicina, principalmente sendo um jovem preto e pobre brasileiro: a principal é a falta de representatividade nos cargos de liderança. Coube também a ele dar o recado para quem se identifica com a história que traçou: “Eu sei que as oportunidades são injustas, eu sei que a realidade é cruel, vivo isso na pele todo dia. Mas sei, também, que a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar a nossa realidade e, quem sabe, das pessoas que amamos.”
Glauber, agora, parte para novos desafios dentro do grande desafio que é ser médico no Brasil. Quem fica do lado de cá, sente-se um pouco mais feliz por saber que o Brasil forma, também, médicos comprometidos com a população e que entendem o verdadeiro significado da profissão.
