O menino Chico, de 7 anos, certamente ganhará neste Natal um presente melhor do que qualquer brinquedo: a certeza de que o pai, o jornalista Bruno Guedes, conseguirá uma medicação importante para a sequência do tratamento contra um tumor cerebral. A conquista se deu através linda corrente de solidariedade que arrecadou praticamente R$ 30 mil em menos de dois dias em uma campanha no site Vakinha.
Bruno, que vive no Rio de Janeiro, tem duas grandes paixões na vida: o futebol e o filho, Chico, a maior delas. Um amor que, define a irmã do jornalista, Juliana, parece de outras vidas, tamanhas as afinidades e parcerias. “A definição exata do amor incondicional. Eu sou aquela irmã mais nova que nova que ama e admira o irmão. Fã de carteirinha assumida, que vibra cada passo dele. Bruno é aquele cara gigante, não só de tamanho, mas de coração também.”
A luta de Bruno começou em 2021, quando foi diagnosticado com um tumor cerebral. Já passou por duas grandes cirurgias em que demonstrou perseverança para seguir vivendo e teve comprovado o carinho recebido de amigos e familiares. A esperança, agora, reside na medicação Sunitinib, uma quimioterapia oral para controle do tumor. O remédio, também, servirá para evitar novas sessões de radioterapia, cujos efeitos colaterais interferiram na qualidade de vida.
A campanha, inicialmente, buscava a compra de uma caixa do Sunitinib. Porém, com a forte adesão, já é possível vislumbrar a compra da segunda caixa, o que traria tranquilidade à família na busca por uma liminar na Justiça que conceda a medicação para Bruno.
Até o momento, foram arrecadados R$ 29,5 mil, através de 458 apoios. Um número que impressiona Juliana e a enche de esperanças na recuperação do irmão. “Confesso que, várias vezes, no meu dia preciso checar se realmente tudo isso está acontecendo por não acreditar na proporção das doações e divulgações que está tendo. É algo surreal que não temos como agradecer tudo isso que estamos vivendo. Extraordinário tudo isso.”
Talvez seja difícil para Chico entender a doença contra a qual o pai trava batalha. Entender a solidariedade, por outro lado, é de fácil compreensão: são mais de 450 amigos que não poupam esforços para que pai e filho possam jogar futebol juntos por ainda muito tempo. Quem sabe, no próximo Natal, com Bruno curado, o pedido ao Papai Noel seja uma bola nova?