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Há dez anos, escolinha no interior do Amazonas serve de segunda casa para crianças; campanha está em curso para ajudar

No município de Itacoariara, distante a 270 de Manaus, existe há 10 anos um projeto simples de estrutura, mas gigante de significado. É uma escolinha, criada por um alemão, que abriga diariamente dezenas de crianças e oferece a elas comida, atividades lúdicas e perspectiva de mundo. Em constantes dificuldades, o espaço sobrevive com a ajuda de voluntários do mundo todo. Ainda aberta, uma campanha no site Vakinha na última semana já arrecadou mais de R$ 2 mil para o espaço. Um valor que pode parecer pequeno, mas que é fundamental para a manutenção da casa.

A escola foi fundada por  Alexander Seel, que veio para o Brasil com 16 anos, para morar em São Paulo, e tinha como sonho conhecer a região do Amazonas. Alex foi até Itacoatiara construiu fortes laços com a população local. As visitas à comunidade passaram a ser anuais e, em uma delas, ele comprou um terreno e criou a escola, com o objetivo de ampliar a percepção de mundo de crianças e jovens. A instituição foi desenhada de forma sustentável e funciona através da colaboração de voluntários do mundo todo, que se deslocam para lá.

 

Recentemente, foi a vez da paulista Priscila Perez da Silva, que atualmente reside na Irlanda, ter contato com a escola e se apaixonar pelo trabalho desenvolvido. Ela é atualmente a única voluntária no local, desenvolvendo com os alunos atividades como jogos educativos, pintura, gincanas. Para o final de semana, inclusive, está programa uma festa de carnaval.

Foi Priscila quem criou a campanha para a escola no Vakinha. Em entrevista ao Conversa do Bem, ela vibrou com o apoio recebido até aqui e destacou que o valor arrecadado tem sido utilizado na compra de materiais escolares e comidas. “Muitas crianças aparecem na escolinha sem comer, então a ideia é que elas tenham merenda todos os dias”, explica. “O local ainda é muito precario e sujo. No Amazonas chove muito e o telhado é horrível, então chove dentro da escolinha inteira, principalmente na cozinha… Não há materiais escolares suficientes, então os voluntarios precisam tirar o dinheiro do próprio bolso. Por isso criamos a vaquinha”, complementa.

Até o momento, já foram registrados 23 apoios e a campanha arrecadou R$ 2,2 mil, de uma meta atual de R$ 2,5 mil que deverá ser ampliada. Pelas redes sociais da escola é possível conferir as atividades sendo realizadas e o valor arrecadado sendo utilizado.