Em uma sociedade cada vez mais individualista, fazer a diferença, a menor que seja, na vida de alguém, já é um gesto muito nobre. A motorista por aplicativo capixaba Ana Luiza Alves Rocha tem esse pensamento e foi com ele que ela salvou a vida de uma cadelinha que havia sido atropelada. Com a ajuda de centenas de pessoas, que contribuíram em uma campanha no site Vakinha, ela conseguiu arcar com os custos do tratamento.
As histórias de Ana Luiza e Valentina se cruzaram no domingo (3), enquanto a motorista por aplicativo trabalhava, no período da noite, e fazia uma live. Pela câmera que transmitia, ela viu a cadelinha se rastejar ferida após o atropelamento. Como já havia feito outras vezes, Ana Luiza parou tudo o que estava fazendo e foi ajudar.
“Não consigo ver o bichinho sofrendo sem fazer nada. Estava com uma passageira, que foi super compreensiva. Parei, coloquei a Valentina no carro e fui direto para o hospital”, conta.
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Como era domingo, o atendimento à cadelinha foi prestado em regime de plantão, encarecendo os procedimentos. Foi aí que Ana Luiza teve a ideia de fazer uma campanha virtual, achando que arrecadaria o valor em uma semana. Porém, em menos de 24 horas os custos já estavam cobertos pelos R$ 3,7 mil apoiados por 122 pessoas. “Eu não esperava tão rápido, mas ela é tão bonitinha e cativante que todo mundo se sensibilizou.”
Passadas duas semanas, Valentina segue se recuperando a todo vapor. Passou pela cirurgia ortopédica necessária e, nos próximos dias, irá tirar os pontos, para na sequência começar a fisioterapia. “Está comendo, pulando, brincando. Está muito feliz. E eu também estou muito feliz.”
Por já ser tutora de outros doi cachorros, Ana Luiza precisou ter responsabilidade e não adotar Valentina – mesmo que a decisão tenha doído um tanto. Escolheu, porém, uma família próxima, para conseguir estar sempre perto da nova amiga. “Essa história mostra que, todo mundo se juntando, conseguimos fazer uma diferença, a menor que seja. Agora ela vai fazer diferença na família que está com ela.”
