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Brasileira cria campanha para arrecadar recursos a escola em ilha na Tanzânia

Foi também para conhecer as belas paisagens das praias paradisíacas que a brasileira Gabriella Terreiro escolheu a ilha de Zanzibar, na Tanzânia, como destino de viagem. Mas foi principalmente para fazer dessa uma ida com propósito. Lá, ela tem contribuído com alunos e professores de uma escola. Ela e os até o momento 110 pessoas que contribuíram com campanha criada pela brasileira no site Vakinha, para garantir melhorias no espaço. É possível contribuir com essa história através do link.

Gabriella mochilou por seis meses seguidos em 2023 e, nessa experiência, se apaixonou por destinos que a conectassem com a natureza. “É um sentimento de paz que eu nunca tinha chegado perto antes”, diz, relatando que, nesse momento, percebeu que esse seria o caminho a percorrer na vida.

A ida para Zanzibar surgiu em parceria com a World Packers, uma rede colaborativa de voluntariado ao redor do mundo. Gabriella escolheu ir ao país como uma viagem com propósito para auxiliar como a primeira voluntária de uma escola na ilha. Lá, passou a dar aulas de inglês, de educação física e de artes e percebeu carências básicas de estrutura, como recolhimento de lixo, infiltrações e ausência de materiais como bancos, cadeiras e brinquedos.

Quando o dinheiro que ela mesma havia separado para ajudar a escola se mostrou insuficiente, Gabriela criou a campanha no Vakinha. Em 10 dias, já foram R$ 7 mil arrecadados, através de 110 apoios. Um retorno que a motiva a seguir com o trabalho. “O que tem sido diferente é eu querer que todo mundo participe, se sinta lá também. Então pelo Instagram eu lanço enquete perguntando o que as pessoas querem que seja feito com o dinheiro doado”, comenta. “Pra mim tem sido muito gratificante ver a mobilização toda que se construiu e o sorriso das crianças, os professores me agradecendo.”

Gabriella relata que, o dinheiro arrecadado já permitiu que os alunos tivessem, pela primeira vez, equipamentos para aulas de educação física, como bolas, cones e arcos. Para as aulas de artes, a brasileira conseguiu comprar os materiais necessários para que os próprios alunos, junto dela, pintassem as paredes da escola, em atividade que reforçou a ideia de pertencimento ao espaço. “Esse é o legado, tentar olhar o que está sendo feito e pensar que é possível construir mais coisas independente do dinheiro, apenas com a união de todos. E que pensem que fizeram parte disso.”

Gabriella voltará ao Brasil dentro de uma semana e meia. Mas de alguma forma, permanecerá para sempre na escola, localizada a milhares de quilômetros. Ela sonha voltar, para rever aqueles que cativou e que a cativaram.