É por Zezé, o filho que lutou tanto para ter, que a paulista Mayara Sanchez Veturiano luta para se recuperar. Com uma gravidez de risco, ela acabou tendo complicações na hora do parto e precisou ser internada na UTI. Para que ela tenha o melhor tratamento possível, e possa desfrutar do que de melhor a maternidade tem a oferecer, a família criou uma campanha solidária no site Vakinha. Em menos de dois dias, R$ 20 mil já foram arrecadados. É possível ainda contribuir através do link.
Mayara, com 30 anos, teve um AVC hemorrágico no dia 26 de julho, durante o parto de Zezé. O caso evoluiu com sequelas, como paralisia do lado esquerdo do corpo, tromboembolismo pulmonar e vasoespasmo. O menino ficou bem e nasceu saudável, mas a mãe teve de ser internada na UTI e o contato dos dois precisou ser adiado.
Demorou, mas quando o reencontro enfim aconteceu, a emoção foi grande. Toda uma preparação foi feita pela equipe do hospital para que mãe e filho pudessem ter essa troca de carinho tão importante, para ambos, nesses primeiros dias. Mayara foi levada para uma sala e, no caminho, já se deparou com fotos do bebê pela parede e funcionários do hospital segurando placas comemorando a conquista.
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“Eu só chorava e pensava: eu consegui. Achei que ao pegar meu filho no colo ele não ia me reconhecer, mas foi muito incrível ver que ele me reconheceu, entendeu que eu sou a mãe dele. Me senti estasiada porque foi realmente um encontro com o meu filho, como se fosse o momento do parto. Ver o rosto dele pela primeira vez, poder tocar nele, dar de mamar”, relata Mayara ao Conversa do Bem.
O encontro fez tão bem que, um dia depois, na fisioterapia para recuperar os movimentos do braço esquerdo, Mayara já apresentou evolução perceptível. Ela diz se sentir bem menos cansada e com forças para seguir adiante na luta. “Eu lembro que tenho uma pessoa me esperando em casa. Alguém que precisa de mim, porque eu sou a mãe.”
Campanha busca recursos para recuperação de Mayara
Para que consiga evoluir ainda mais, Mayara precisará passar ainda por uma série de terapias relacionadas ao AVC. E como está impossibilitada de trabalhar e tudo tem um custo elevado, ela e a família resolveram criar uma campanha no Vakinha. Novamente, ela teve uma injeção de ânimo para seguir lutando: em menos de dois dias, R$ 20 mil foram arrecadados, através de mais de 130 apoios.
“Eu não imaginava que ia ter essa repercussão. Com isso, posso ter a certeza de que vou ter o melhor processo de recuperação para poder voltar a cuidar do meu filho. Tem sido incrível”, diz, ressaltando também o apoio que recebe da família nesse momento. “Sempre tive meu marido, meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs do meu lado. É por causa deles que eu estou aqui. Tem sido difícil, cansativo e doloroso, mas é por eles que continuo.”
Com a recuperação em andamento, Mayara tem utilizado as redes sociais, também, para compartilhar a rotina. Dessa forma, ela pretende ajudar outras mulheres que possam estar passando pelo problema da gravidez de risco. “Muitas pessoas têm aparecido falando que passam por isso e essa troca tem sido muito boa. O processo é único e individual, mas mas saber que outras pessoas passaram por isso e se recuperaram dá mais força de vontade e ânimo pra mim.”