
Figura carismática e afetuosa de Venâncio Aires (RS), o livreiro Yegor Jungblut tem uma vida pautada pelo acolhimento. Generosidade, respeito e afetuosidade são palavras que norteiam os dias do gaúcho e, como resultado, nunca faltou alguém para abraçá-lo de volta. O atual capítulo dessa história é o enfrentamento das sequelas de um AVC. Em uma campanha virtual criada pela família para bancar o tratamento, R$ 20 mil já foram arrecadados, em quatro dias. É possível contribuir também, através do link.
Yegor, na década de 1960, se tornou frequentador de uma banca de revistas chamada Big Bem, em frente à prefeitura de Venâncio Aires. Posteriormente passou a trabalhar no local e, na década seguinte, o adquiriu.
Foram a partir daí mais de cinquenta anos à frente do espaço, tradicionalmente acolhedor. “Meu pai permitia que as pessoas ficassem lá lendo, folheando, porque entendia o papel social daquele lugar numa cidade que mal tinha biblioteca, quiçá outras livrarias”, relata Helena, uma das filhas do livreiro.
Filha descreve Yegor como pessoa amorosa e gentil
Com o carinho e a afetividade que aprendeu desde cedo com o pai a cultivar dentro de si, Helena descreve Yegor como pessoa amorosa, gentil, silenciosa e observadora. “Nunca foi de brigar ou discutir — sempre preferiu ajudar. Quando deu entrada no hospital após o AVC, por exemplo, estava mais preocupado com a menina da cama ao lado, que precisava fazer uma cirurgia e não tinha dinheiro para pagar a anestesia. Ele me cobrava todos os dias que eu resolvesse isso. Essas atitudes sempre fizeram com que as pessoas gostassem muito dele.”
Com ser bom é sempre melhor do que ser mau, Yegor tem recebido de volta todo o carinho que distribuiu ao longo da vida. A campanha criada pela família, no site Vakinha já recebeu mais de 150 contribuições, aproximando a família da meta de R$ 30 mil para bancar a sequência do tratamento e da recuperação do AVC. “Ver a vaquinha atingir quase R$ 20 mil em tão pouco tempo é, ao mesmo tempo, surpreendente e muito simbólico. Fala sobre a atuação do meu pai na comunidade e sobre quem ele é como pessoa. Ele sempre tratou todos com carinho, generosidade, respeito. Sempre acolheu. E agora está sendo acolhido de volta. Pra nossa família, esse carinho aquece, conforta e dá forças”, enfatiza Helena.
Campanha para Yegor continua
A campanha para Yegor segue aberta para receber carinhos em forma de doações. As contribuições podem ser feitas através do link ou da chave pix 5456133@vakinha.com.br.