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Neto de Godofredo Guedes cria campanha para viabilizar disco com músicas compostas pelo avô

Na época do efêmero, um projeto musical pretende eternizar a arte de um dos compositores mais talentosos da música brasileira: Godofredo Guedes, pai do sempre membro do Clube da Esquina, Beto Guedes. A iniciativa do registro é do filho de Gabriel Guedes, filho de Beto e neto de Godofredo. Uma campanha no site Vakinha foi criada por ele, com o objetivo de viabilizar a gravação do projeto. É possível contribuir através do link.

Baiano de nascimento, Godofredo começou a carreira ainda na década de 1920 e, em 1935, tornou-se célebre em bailes e serestas de Montes Claros (MG). Foi compositor de diversos choros, sambas, modinhas, marchas e boleros e, durante toda a carreira, foi considerado uma referência não apenas na música propriamente dita, mas nas artes plásticas e visuais, além da poesia. “Eu me lembro do meu avô engraçado, tocando clarinete e pintando. Tinha um vibrato lindo e dizia que a pintura fazia a higiene mental dele”, relembra Gabriel.

É essa obra que o neto quer, agora, eternizar através de um disco muito especial. A base é uma pasta que Godofredo deixou antes de morrer, em 1983, com mais de setenta composições. “Ele foi um autodidata, um cara que assimilou muito a música de uma forma geral e colocou uma pegada bem a cara dele nas melodias”, comenta Gabriel.

Ideia é que disco com músicas de Godofredo Guedes seja projeto grandioso

Esse será o segundo disco que Gabriel gravará com músicas de Godofredo. O primeiro, dedicado aos chorinhos do compositor, contou com a participação de nomes como Milton Nascimento e Yamandu Costa. Para o novo registro, Fafá de Belém e o maestro Wagner Tiso já estão confirmados e a ideia é que a lista célebre aumente. “A parte cancioneira do Godofredo é de uma profundidade lírica, rítmica, melódica muito grande. Do nível de um cartola, de um Noel Rosa. Nada mais justo do que chamar os grandes artistas para poder interpretar.”

Para que o projeto saia do papel, Gabriel entende que sejam arrecadados R$ 50 mil através da campanha no Vakinha. Dentro do valor estão o pagamento dos músicos, aluguel de estúdio de gravação, direção, produção gráfica e a prensagem de 1.000 CDs. É possível contribuir com essa história através do link.