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Gari brasileiro vai representar o país em campeonato mundial de Karatê

No próximo domingo (17), Renato Santos, varredor e atleta de 26 anos de Ceilândia, embarcará rumo a Malta, na Europa, para competir no World Karate Championships. Representando a Seleção Brasileira da Confederação Nacional de Karatê do Brasil (CNKB), Renato participará de dois torneios: o Open Internacional e o Mundial, que ocorrerão entre os dias 21 e 24 de março.

Apesar de sua primeira viagem internacional, Renato já acumula um impressionante histórico no esporte. Com 31 medalhas e sete troféus conquistados, ele é uma figura proeminente no cenário do karatê nacional. Nascido em Taguatinga, Renato sempre viveu em Ceilândia, onde encontrou sua paixão pelo karatê em novembro de 2019, influenciado por seu primo, Lincon Vidal, também membro da Seleção Brasileira de Karatê.

Contudo, a jornada de Renato não tem sido fácil. A falta de recursos financeiros dificultou a aquisição de equipamentos, pagamento de inscrições e viagens para competições. No entanto, sua determinação e talento não passaram despercebidos. Renato foi patrocinado pela Sustentare Saneamento, a empresa onde trabalha como varredor, permitindo-lhe continuar sua trajetória no esporte.

Karatê se tornou protagonista na vida de Renato

Apesar da rotina desafiadora, Renato encontrou maneiras de conciliar seu trabalho e treinamento. Das 6h às 14h30, ele exerce suas funções como gari, seguido por uma sessão de pilates às 15h30 em um estúdio que gentilmente oferece aulas gratuitas para ajudar em seu preparo físico. À noite, Renato se dedica aos treinos de karatê em Taguatinga, das 19h às 22h.

O esforço de Renato tem rendido frutos. Além de ser o vencedor do último Campeonato Brasiliense de Karatê, ele é líder pelo segundo ano consecutivo no ranking de sua categoria pela Federação Brasiliense de Karatê e vice-líder no ranking da Federação Mineira.

A convocação para o World Karate Championships chegou em novembro de 2023, quando Renato foi selecionado junto com outros 30 atletas brasileiros para representar o país no evento. Apesar de seu amor pelo karatê, Renato admite que o retorno financeiro do esporte ainda não é suficiente para cobrir todos os gastos, o que o faz considerar outras fontes de renda.