Bruno Pereira, indigenista brasileiro assassinado brutalmente em 2022, ajudou a salvar muitas vidas com seu trabalho em defesa dos povos indígenas brasileiros. Agora, foi o Brasil quem pode ajudou a família de Bruno. Pedro, filho do indigenista, enfrenta um câncer muito agressivo e precisa de um medicamento de custo elevado. Para viabilizar a compra, uma campanha foi criada na plataforma Vakinha na última terça-feira (2). Em um dia, a arrecadação havia ultrapassado R$ 1 milhão – metade da meta estipulada. Em cinco dias, mais de 25 mil pessoas haviam contribuído para que a meta fosse batida.
Filho de Bruno com a antropóloga Beatriz de Almeida Matos, Pedro luta contra um neuroblastoma estágio 4. Atualente com 5 anos, o menino trava uma batalha há cinco meses para que a doença não se espalhe. Para isso, precisa de uma medicação chamada betadinutuximabe. O valor é muito alto e o remédio não é oferecido pelo SUS e veio daí a iniciativa de criar uma campanha virtual que viabilizasse o recurso.
Ao Conversa do Bem, a amiga da família, Helena Palm, contou que a repercussão da campanha tem dado força para a sequência do tratamento. “A família está unida e muito fortalecida pela linda onda de solidariedade que se levantou desde que a campanha foi iniciada. O Pedro é uma criança forte e alegre que está enfrentando tudo com muita coragem, qualidade que herdou dos pais, Bruno e Beatriz.”
A ideia é que a campanha sirva, também, como um alerta para uma doença que atinge crianças pequenas em todo o Brasil. Dessa forma, todo valor remanescente das doações será destinado ao Hospital da Criança, de Brasília (DF), para que mais famílias consigam comprar o betadinutuximabe.